terça-feira, 16 de abril de 2013


Dicas para um bom financiamento imobiliário

Corretor, saiba como orientar seu cliente quanto ao financiamento

Quando se pensa em comprar um imóvel, quase sempre vem à mente fazer um financiamento. Isso porque, grande parte da população não tem o valor integral para pagamento à vista, o financiamento imobiliário é a melhor e mais acessível alternativa existente atualmente, ainda mais quando se pensa no aumento de subsídios concedidos pelo governo.

Algumas informações são de praxe. Para ser bem sucedido na compra de um imóvel, antes mesmo de se pensar no financiamento, é necessário pensar em alguns aspectos que antecedem a parte financeira e você, corretor, deve estar preparado para esclarecer todas as dúvidas do cliente.

Verifique a região. A valorização de um imóvel é influenciada pela região que o mesmo se localiza.
No caso de uma região nova, verifique se há projetos de expansão de zonas comerciais, se possui escolas, acesso às estradas e rodovias facilitadas, transporte público.

No caso de imóvel novo, faça um levantamento completo da construtora. É constante o número de notícias sobre o embargo de obras em função de as construtoras não terem entregado este ou aquele documento para os órgãos públicos. Nesse sentido, é importante que você verifique informações que possam desabonar ou não a empresa por trás do empreendimento a ser adquirido. Lembre-se, em relação ao contrato, é necessário que haja uma cláusula contratual que vise ao pagamento de multa caso haja atraso na obra. Normalmente a mesma deve ser aplicada em valores semelhantes ao que você pagaria em caso de inadimplência.

Segue aqui outras dicas reunidas para realizar um bom negócio sem comprometer a renda de seu cliente:

1.  A entrada na documentação deve ser iniciada durante a busca do melhor financiamento. Há exigência de documentos comuns para todas as instituições:

•    Carteira de Identidade ou outro documento oficial de identificação que informe o nome dos pais. Além do original, uma cópia;

•    CPF, cópia e original, ou documento oficial original que tenha o número do CPF;

•    Comprovante de estado civil: cópia e original;

•     Comprovante de rendimentos:cópia e original;

•     Certidão Conjunta Negativa de Débitos relativos a Tributos Federais e Dívida Ativa da União ou Certidão Conjunta Positiva com Efeito de Negativa de Débitos relativos a Tributos Federais e Dívida Ativa da União, disponíveis no site da Receita Federal;

•    Quem deseja usar o dinheiro do próprio FGTS para dar de entrada no imóvel, vai precisar de mais documentos, como carteira de trabalho e extrato do FGTS.

2. Apresente os tipos de financiamentos que podem ser adotados e mostre as diferenças entre
astaxas de juros e os prazos de financiamento.

3. Quanto maior o valor que vai aplicar na entrada ou quanto menor a quantidade parcelas,menor serão os juros aplicados.

4.Oriente seu cliente a prestar atenção nos índices de correção: são eles que controlarão o aumento ou redução dos juros anualmente. Verifique quais os índices utilizados e quais deles obtiveram um menor aumento dentro de um período estipulado.

5. Utilize simuladores de créditos, isso facilita entender melhor como deverá ser o financiamento.

6. Fale para que o mesmo verifique se sua empresa possui convênios com instituições: isso poderá garantir juros mais baixos e prazos maiores para o pagamento da dívida.

7. Avise para não comprometer mais do que 40% de sua renda líquida. Peça para que verifique todas as suas dívidas fixas existentes e, somente em relação ao valor que restar tire os 40% para pagamento de seu financiamento. É indicado que no caso de compra de imóvel na planta, seja reservado apenas 30%. Para o restante, faça uma poupança que auxiliará na quitação do imóvel no ato da entrega das chaves.

8. Lembre o cliente que existem despesas extras; por exemplo, despesas de cartório (2% a 3% do valor do imóvel).

9. Acompanhe sempre a “evolução do financiamento” que pode ser visualizada através dos boletos mensais recebidos.